Bem, embora a maioria das variedades de
Escherichia coli seja inofensiva, outras podem provocar doenças. Alguns tipos
de Escherichia coli podem causar diarréia enquanto outros provocam infecção
urinária, doença
respiratória, pneumonia abcesso no fígado, pneumonia, meningite, artrite e
outras doenças. Há ainda outros tipos de Escherichia coli que são usados como
marcadores de contaminação na água.
O
tratamento com terapia não específica, incluindo hidratação, é importante.
Antibióticos não devem ser usados no tratamento. Não existe evidência que
tratamento com antibióticos ajude, e o uso poderia elevar o risco de síndrome
hemolítico-urêmica. Agentes contra a diarréia, como Imodium®, também poderiam
elevar esse risco.
Existem várias cepas diferentes
de E.coli responsáveis por quadros de diarréia, com diferentes graus de
gravidade. Todas elas são adquiridas após ingestão de água contaminada com
fezes. A contaminação através de alimentos também é comum e se dá por vegetais
regados ou lavados com água contaminada ou alimentos crus ou mal cozidos
preparados.
O diagnóstico é feito pela cultura de amostras dos
líquidos infectados e observação microscópica com análises bioquímicas. São
usadas técnicas genéticas para identificar genes presentes no genoma da E.coli.
A E. coli assume a forma de um bacilo e pertence à família das Enterobacteriaceae. A E. coli é um dos poucos seres vivos capazes de
produzir todos os componentes de que são feitos, a partir de compostos básicos
e fontes de energia suficientes.
Todas as enterobactérias são anaeróbios facultativos e podem ser cultivados em diversos meios de cultura,
como ágar
MacConkey (meio seletivo) ou ágar sangue (não seletivo). Possuem exigências nutricionais simples,
fermentam glicose e produzem ácido a partir dessa reação.
Diversos meios podem ser utilizados para diferenciar os
gêneros pertencentes a essa família através de provas bioquímicas, como a
capacidade e fermentar lactose, utilizar citrato, descarboxilar a lisina e outros.
Provas Bioquímicas
A investigação das atividades metabólicas das bactérias “in vitro” é chamada de Provas Bioquímicas e servem para auxiliar a identificar grupos ou espécies de bactérias ou leveduras através da verificação das transformações químicas, que ocorrem num determinado substrato, pela ação das enzimas de um dado microrganismo. Como muitas vezes um determinado microrganismo possui um sistema enzimático específico, promovendo transformação bioquímica específica, as provas bioquímicas podem ser utilizadas na prática para a sua caracterização .
Provas Bioquímicas
A investigação das atividades metabólicas das bactérias “in vitro” é chamada de Provas Bioquímicas e servem para auxiliar a identificar grupos ou espécies de bactérias ou leveduras através da verificação das transformações químicas, que ocorrem num determinado substrato, pela ação das enzimas de um dado microrganismo. Como muitas vezes um determinado microrganismo possui um sistema enzimático específico, promovendo transformação bioquímica específica, as provas bioquímicas podem ser utilizadas na prática para a sua caracterização .
Professora Beatriz Camargo |
Para a realização das provas bioquímicas é
necessário utilizar meios de cultivo especiais contendo o substrato a ser analisado
e fornecer ao microrganismo as condições nutritivas e ambientais necessárias ao
seu desenvolvimento.
As provas bioquímicas mais conhecidas são
realizadas com base na: utilização de fontes de carbono, utilização de fontes
de nitrogênio, produção de enzimas, motilidade.
A motilidade é observada através do aspecto
do meio. Utiliza-se um meio semi-sólido o que permite o crescimento bacteriano
no interior do meio, por todo o tubo. Se a bactéria for móvel (motilidade
positiva), o aspecto do meio será turvo.Se a bactéria for imóvel (motilidade
negativa), o crescimento só será observado no local de inoculação. Dica:
observar os tubos contra uma folha de papel pautado, se conseguir observar as
linhas através do tubo é motilidade negativa.
Prova
da citocromo-oxidase -
Este sistema enzimático está relacionado com os citocromos da cadeia
respiratória de alguns microrganismos. A prova consiste em colocar uma gota do
reagente incolor tetrametil p-fenileno de amina, recém preparado e protegido da
luz, em um papel de filtro. Em seguida, várias colônias do microrganismo em
estudo são espalhadas sobre a área do papel de filtro contendo o reagente,
utilizando uma alça de platina ou um bastão de vidro. A prova é considerada
positiva quando na mistura do reagente com a massa bacteriana desenvolve-se a
cor púrpura em até 1 minuto. Na reação negativa não há desenvolvimento de cor
púrpura.
As enterobactérias são oxidase negativas e podem ser diferenciadas de
outros bacilos Gram negativos. A prova pode ser feita também em culturas em
meios sólidos, adicionando-se o reagente oxalato de p-aminodimetilanilina.
A reação inicia-se com o desenvolvimento de cor rósea, marrom e finalmente uma
coloração negra na superfície das colônias é indicativa da produção de
citocromo-oxidase, representando um teste positivo. O teste é negativo se não
ocorrer alteração da cor ou houver o desenvolvimento de uma cor rósea pálida.
Utilização do citrato
como única fonte de carbono - Alguns microrganismos como a
E. coli não possuem a permease do citrato, que faz o transporte do
citrato para o interior da célula, não conseguindo portanto crescer no meio
contendo como única fonte de carbono o citrato, embora possuam as enzimas,
intracelulares, que degradam o citrato. A prova é feita semeando-se a bactéria
no meio sólido inclinado de citrato de Simmons, contendo azul de bromotimol
como indicador, o qual em pH 6,8 a 7,0 apresenta-se verde.
A prova positiva resulta no transporte do citrato pela permease e a sua utilização pela enzima citratase resulta na formação de oxaloacetato e acetato. O consumo do citrato induz a clivagem do fosfato de amônia, alcalinizando o meio. Também, com o metabolismo do citrato há formação de carbonatos que alcalinizam o meio, de modo que a cor do indicador vira para azul. Na prova negativa o meio não se altera pois não há crescimento microbiano. Por esse motivo a inoculação deve ser feita com agulha e em linha reta para não haver influência de ingrediente do meio de onde se originou a cultura, dando resultados falso-positivos.
Referências bibliográficas:
ALMEIDA, A et al. Bioplásticos: una alternativa
ecológica. Revista QuímicaViva. set. 2004
Murray, Patrick R. Microbiologia Médica. 4ª ed. [S.l.]: Elsevier, 2004.
Murray, Patrick R. Microbiologia Médica. 4ª ed. [S.l.]: Elsevier, 2004.
Atenciosamente, Rafael Silva Brandão - Biomedicina
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