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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Eutanásia, direito de morrer?

A vida é um direito inalienável de todo cidadão, reconhecido pela Constituição brasileira. Com o desenvolvimento da medicina, houve a erradicação de muitas doenças, criou-se então, a possibilidade de postergar a vida. No entanto, muito se discute acerca da instituição da eutanásia no Brasil, uma prática irracional e que fere os princípios humanos.

O homem tem um prazo de vida delimitado: nasce, cresce e morre, logicamente, ele não viverá para sempre. Porém, o surgimento de doenças degenerativas e os infelizes acidentes catastróficos, por exemplo, levam parentes, amigos e a própria pessoa a não querer mais conviver com tanto sofrimento e decidir por eliminar a vida mais rapidamente. Traços de insensatez, pois a imprevisibilidade e o inesperado ocorrem na vida de todo ser humano e é preciso aprender a lidar com ele.

A eutanásia nunca será a melhor escolha, pois a sensação de perda para quem convive com a pessoa será constante, o sentimento de ter desistido de um ente querido será expressivo. Além disso, para as pessoas que têm alguma crença, sempre há a possibilidade de regeneração pois, conforme dizia o escritor Carlos Drummond de Andrade, "há duas maneiras de ver a vida: uma é não acreditando em milagres, outra é que todas as coisas são um milagre."

A banalização da morte não é viável, porque impede que o destino termine da forma que deveria terminar e torna o homem "senhor do tempo". Já que se pode "lutar" por mais um dia de vida, que assim o seja, pelo menos para tirar o "peso da consciência" de acreditar que algo positivo possa acontecer, ou até mesmo um milagre, para quem acredita.


Fonte: texto criado por Rafael Silva Brandão - Aluno do curso de Biomedicina da Faculdade UniCesp Promove e Criador do blog Síntese Biomédica.